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Saturday, October 11, 2014

Vigésima Oitava Epístola

Morskie Oko (Olho do Mar) - Zakopane, Vitor Vicente, Setembro de 2014


Dear K.,

Zakopane rima com fim de semana. Eis o mote para que, pela poeira da estrada fora, se possa começar a fazer poesia.
Zakopane combina connosco. Zakopane combina com um fim de semana com travo de viagem - e por viagem entendo eu aqueles dias em que a vida são dois divinos dias.
Eis outra equação, a que se atravessará ao longo de toda esta epístola.
Posto isto, para que esta epístola escorra, apenas me resta ir atrás do teu sangue errante e ver o que se esconde atrás das mil e uma montanhas de Zakopane. Sejam lagos que nos olham nos olhos como esquivos espelhos, seja a cidade feita de casas construídas com madeira e queijo.
Para terminar, o tempo sem termo que se tende a experimentar nas águas tépidas das termas. Quatro asséticas horas em que me senti tão quente, como quando me aqueço com o teu sangue errante.
No regresso, a promessa de partilhar mais um partida. Ou não estivesse no nosso horizonte a itinerante Terra Prometida.

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